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Jaqueline Cherulli: “Se comunicar bem e sem violência se inicia com respeito”

Em live, realizada pelo Instituto Mario Cardi Filho, Juíza Jaqueline Cherulli, explicou o que é Comunicação Não Violenta e porque praticar

 

Para virar a chave da comunicação e alcançar a Comunicação Não Violenta é necessário saber que 80% da nossa comunicação é não verbal, saber observar sem julgar, nomear os sentimentos, identificar e comunicar as necessidades, expressar essas necessidades de forma clara, tangível e objetiva, além de muitas vezes ser prudente e se calar.

Esses foram alguns aspectos da Comunicação Não Violenta pontuados pela juíza da Terceira Vara Especializada de Família e Sucessões da Comarca de Várzea Grande, Jaqueline Cherulli, durante a live realizada pelo Youtube do Instituto Mario Cardi Filho, na noite desta quinta-feira, 10 de março.

A live foi apresentada pelo presidente do Instituto, o advogado Ussiel Tavares, que ponderou: “Em tempos de conflitos políticos, polarização e até conflitos armados, surge o desafio de uma Comunicação Não Violenta. Tenho uma trajetória profissional da época que os bons advogados eram os que não faziam acordos. Hoje, aprendemos que é muito mais vantajoso a mediação e evitar conflitos para conseguirmos um mundo melhor”.

A explanação levantou reflexões de grande relevância sobre o tema e esclareceu que é possível aprender a se comunicar de forma harmoniosa e com empatia.

Segundo a juíza “as pessoas têm a concepção errada de que a Comunicação Não Violenta é algo meloso, para se usar palavras no diminuitivo. E, não tem nada a ver. Se comunicar bem e sem violência requer primeiramente um olhar de respeito, é pelo olhar que estabelecemos o início da comunicação. As expressões corporais também passam uma mensagem”, detalhou.

A especialista sublinhou que a história da humanidade é marcada por conflitos e nem sempre os diálogos foram efetivos; e, que “por trás de todo o comportamento existe uma necessidade”. A identificação dessa necessidade é um dos pontos chaves para a Comunicação Não Violenta.

“A história do homem começa com a luta pela sobrevivência, e toda essa disputa ocasionada pelos conflitos trouxe a nossa sociedade até aqui. A partir daí começamos a entender a necessidade do diálogo. Mas será que é dialogando que a gente se entende? Com essa tentativa de diálogo podemos até iniciarmos uma guerra. Por isso muitas vezes o silêncio ou a pausa em um diálogo são necessários, importantes e imprescindíveis”, destacou.

Jaqueline também lembrou que ao se comunicar é preciso ter em mente que as pessoas são distintas, e, é necessário ter cuidado com os achismos imediatos e os julgamentos. “Cada pessoa possui uma peculiaridade e uma necessidade, que pode ser identificada ao observamos a sua comunicação. Toda fala é a manifestação de um desejo, por isso devemos falar com autenticidade e cuidar com a sinceridade, que pode magoar a outra pessoa”.

A explicação da juíza sobre autenticidade faz referência a seguir modelos de comportamentos existente. “Seguindo modelos, podemos não expressar nossas vontades e assim não seremos entendidos. Por isso é importante praticar a empatia ao ouvir o outro”.

Jaqueline Cherulli concluiu a palestra lembrando que o investimento no humano hoje é valioso. Que o mundo corporativo busca: inteligência emocional, olhar harmônico e pacifico entre os integrantes de uma equipe, e que somos medidos pela capacidade de engajar, criar, de ter habilidade de postura responsável.

“Vivemos um momento de adoecimento no mundo corporativo, nas famílias e demais ambientes, e, isso custa muito à saúde pública, às empresas e ao ser humano em geral. A comunicação não violenta é a forma de se comunicar com empatia, se colocar no lugar da outra pessoa e ouvir o ser humano que está do outro lado sem o rotular”, enfatizou a juíza.

O INSTITUTO – Durante a live, Ussiel Tavares e Jaqueline Cherulli, lembraram do amigo, o advogado Mario Cardi Filho, que deu nome ao Instituto e faleceu em 2014, vítima de câncer de pulmão.

“Mario Cardi foi um querido amigo, especial em tudo o que fazia,. Estou muito alegre em contribuir o Instituto em sua homenagem”, disse Cherulli.

“O Instituto foi criado para homenagear o advogado Mário Cardi Filho, meu querido amigo e ex-sócio. Relembrar o importante papel que ele desempenhou na advocacia mato-grossense e nas vidas de todos que o conheceram, é só um pouco do que podemos fazer para honrar a trajetória dele”, disse Ussiel.

 

(Fonte: Rafaela Maximiano – Comunicação IMCF)

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